Leishmaniose Felina
Não deixe que o mosquito palha pique seu gatinho
Artigo publicado por Maria Paula
A Leishmaniose é uma doença que tem se alastrado cada vez mais, e muitos pesquisadores estão descobrindo muitos poréns da doença, em relação ao seu hospedeiro, em relação a transmissão, e principalmente em relação a cura. Infelizmente há pouco estudo e pouca literatura sobre a Leishmaniose, e concomitantemente com essa falta de conhecimento, cresce o número de casos da doença.
Essa doença é uma zoonose, o que significa que humanos também podem ser contagiados, e os animais também , essa doença só podem ser transmitida pela picada do flebótomo, que é o mosquito palha, pois é ele quem transmite o protozoário da espécie Leishmania chagasi. Os humanos podem ser reservatórios da doença, assim como os animais, fato que causa grande preocupação pois os números de animais domésticos que podem ser possíveis reservatórios de leishmaniose só aumenta, os cães são animais que são acometidos pela doença com certa frequência, outros animais também como: roedores, cavalos, jumentos e gatos.
Os gatos são animais domésticos que cada vez mais tem crescido em número e tem muitas vezes ganhado o espaço dos cães nas famílias urbanas, pois são animais mais independentes, muito higiênicos, não fazem muito barulho, podem ficam períodos solitários e são muito carinhosos. E é justamente por essa espécie de felino ter ganhado espaço na sociedade, que nos faz perceber que ele também pode ser um potencial reservatório da leishmaniose.
Um dos fatores é que os gatos são animais crepusculares e vespertinos, e o flebótmo também, isso significa que eles sempre se encontram, permitindo assim uma chance a mais de contágio. Porém devido a fatores genéticos os gatos aparentam possuir um certa resistência à doença. O fato é que ainda não se sabe se o gato é um reservatório da doença, e qual é seu papel na epidemiologia da Leishmaniose.
Sinais Clínicos da Leishmaniose Felina
Os sinais clínicos que esses animais apresentam são geralmente na forma cutânea e não a forma visceral, e os sinais são muito parecidos com a dos cães. O gatos pode apresentar hepatomegalia, desidratação, vômito, diarreia, febre, inflamações como gengivite, estomatite, e dermatite, na face, nariz, patas,e orelhas eles apresentam descamações, nódulos e úlceras, ocorrem também alopecia em algumas regiões do corpo do animal.
Diagnóstico
O diagnóstico de Leishmaniose Felina não é fácil, pois os sinais clínicos são facilmente confundidos com outra doenças que afetam normalmente o gatos como esporotricose e criptococose, porém há exames laboratoriais que confirmam a doença. Geralmente é feito sorologia (como o método ELISA), também é feito a biologia molecular. Alguns estudos mostram que os vírus FIV/FELV interferem de algum modo no diagnóstico da leishmaniose, mas ainda não se sabe desses dados com acurácia.
Tratamento e prevenção
O tratamento para uso humano não é permitido para ser usado em animais, com a justificativa de que pode criar resistência contra o parasita, porém os gatos podem ser tratados com outros medicamentos próprios para animais e não precisam ser eutanasiados. Existe uma vacina contra a Leishmaniose, porém ela só está disponível para cães, que são mais afetados pela doença do que os gatos.
Publicado por Maria Paula nas categorias: Gatos
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