Filariose Em Cães
Conheça mais sobre a Filariose Em Cães.
Artigo publicado por Maria Paula
A filariose é uma doença causada por vermes parasitas do tipo nematódeos (como a lombriga) e com o nome científico de Dirofilaria immitis, mas é mais conhecido pelos veterinários e donos de animais de estimação por verme do coração.
Ciclo do Verme
O verme do coração é comumente transmitido por mosquitos do tipo Anopheles, Aedes e Culex, que deixam larvas imaturas que vão se desenvolver nos tecidos subcutâneos. Depois de amadurecidos, esses vermes migram para a corrente sanguínea e se alojam no coração, mais especificamente na artéria pulmonar, ou nos átrios e ventrículos do coração.
Esse verme costuma se alimentar do endotélio das veias e artérias e gerar larvas que ficarão na corrente sanguínea. Essas larvas serão ingeridas pelos mesmos tipos de mosquitos que infectaram o cão, que, por sua vez, irão infectar outros cães e o ciclo continua.
Sintomas e Condições Causadas pelo Parasita
Os sintomas variam pelo grau de infecção; cães que não tenham muitos vermes no coração e larvas na corrente sanguínea podem não apresentar nenhum dos sintomas. Já cães que estão infectados por muitos vermes, podem ter vários problemas graves.
Ao ficar na parede da artéria pulmonar, por exemplo, causa inflamação de sua parede, gerando fibrose e/ou hipertensão. A fibrose da artéria faz com que ela endureça aos poucos e deixe de pulsar, parando assim a movimentação do sangue. A hipertensão já força o coração a trabalhar mais deixando o estressado e causando o aumento de seu tamanho, ou hipertrofia. As válvulas cardíacas não conseguem acompanhar esse desenvolvimento formando um sopro no coração.
Por consequência, todos esses problemas no coração causam a circulação sanguínea a acontecer de forma incorreta causando assim falta de oxigênio em locais vitais como o fígado, edemas devido ao extravasamento do sangue que fica parado nas veias e outros problemas sanguíneos. Além disso, como resposta imunológica, o corpo pode formar trombos onde o verme está. Trombos são espessamentos das paredes da artéria, e eles podem se soltar e entupir veias mais estreitas.
A falta de oxigenação do fígado, a trombose e o sopro do coração podem acabar matando o cão.
Tratamento
Porque os vermes estão alojados na corrente sanguínea do cachorro, uma vez que foi diagnosticada a filariose, não se pode matar todos os vermes de uma vez administrando grandes doses de vermífugos. Caso todos os vermes morram de uma vez, eles podem entupir veias ou artérias e matar seu cão. A administração deve ser feita gradualmente e com a orientação do seu veterinário.
A filariose é mais recorrente em locais que possuem muito mosquitos, por isso ela é prevalente em regiões litorâneas e na beira de rios. Lugares em que há muitos mosquitos por causa de lotes baldios, água parada e lixo também podem ter maior prevalência dessa doença. É importante administrar vermífugo regularmente nos seus animais e, quando o cão morar em cidades sem prevalência dos mosquitos, mas viajar para o litoral, por exemplo, recomenda-se administrar um vermífugo logo após a volta, quando os vermes ainda não amadureceram e estão debaixo da pele.
O verme do coração é um tipo de filaria, um pequeno verme que provoca a dirofilariose. O hospedeiro definitivo é o cão, mas também pode infectar gatos, lobos, coiotes, raposas e em circunstâncias muito raras, os seres humanos.
O Dirofilaria immitis pode causar uma doença grave para o hospedeiro, com a morte, tipicamente, como resultado de insuficiência cardíaca congestiva.
Transmissão
A transmissão é feita apenas através da picada de um mosquito infectado. Não há outra maneira dos cães contraírem o verme do coração. E não há nenhuma maneira de saber se um mosquito está infectado. É por isso que a prevenção é tão importante.
Demora cerca de sete meses, após um cão ser picado por um mosquito infectado, para as larvas amadurecerem e se tornarem vermes adultos. Eles, então, se alojam no coração, pulmões e nos vasos sanguíneos ao redor e começam a se reproduzir. Os vermes adultos podem crescer até 12 centímetros de comprimento, podem viver entre 5 a 7 anos, e um cão pode ter até 250 vermes em seu sistema.
Sintomas
A dirofilariose é dividida em três classes, variando conforme a gravidade. Cães com dirofilariose Classe I são muitas vezes assintomáticos, ou seja, eles não apresentam sintomas visíveis, ou podem apenas apresentar sinais mínimos, como uma tosse ocasional.
Cães com dirofilariose Classe II geralmente apresentam tosse e uma intolerância incomum a exercícios. Os casos mais graves, definidos como Classe III, podem apresentar sintomas de anemia, intolerância a exercícios, desmaios, e até insuficiência cardíaca crônica.
Um exame físico pode revelar outros sintomas, especialmente em casos de Classe III. Estes incluem a pressão arterial elevada (hipertensão), dificuldade para respirar e batimentos cardíacos extremamente rápidos (taquicardia).
Diagnóstico
Se houver suspeita de dirofilariose, um eletrocardiógrafo (que monitora alterações no coração) pode revelar distúrbios no ritmo cardíaco e/ou dilatação do ventrículo direito do coração (hipertrofia).
Testes adicionais podem incluir uma análise de urina, testes sorológicos que podem identificar o antígeno da dirofilariose, e raios-X, o que podem revelar alargamento nas artérias principais associado com dirofilariose.
Tratamento
No tratamento inicial, a maioria dos pacientes é hospitalizada enquanto são administrados com um adulticida projetado para matar os vermes adultos. A microfilária no organismo pode ser eliminada com uma profilaxia mensal, que pode ser administrada em casa.
Para casos mais graves, tais como cães com complicações tromboembólicas (em que um coágulo que se formou se solta e viaja através do sangue para coagular outro vaso), pode ser necessária a hospitalização por um longo período de tempo.
Em alguns casos um procedimento cirúrgico pode ser necessário para remover os vermes adultos do coração direito e da artéria pulmonar através da veia jugular. Este procedimento é recomendado se a infestação consiste de um elevado número de vermes adultos.
Prevenção
Uma profilaxia de rotina para dirofilariose (preventiva) deve ser feita com todos os cães em situação de risco, por exemplo, aqueles que vivem em regiões endêmicas, como indicado pelo seu veterinário.
Isto é essencial para prevenir a infestação da dirofilariose. Há uma grande quantidade de remédios preventivos que são altamente eficazes e normalmente utilizados. É possível que ocorra uma reinfestação se uma profilaxia não for administrada regularmente.
Publicado por Maria Paula nas categorias: Cães
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